A – Álvaro Carreras
Na segunda época na Luz, o lateral esquerdo espanhol impôs-se como titular indiscutível do Benfica e foi uma das grandes figuras dos ‘encarnados’, mostrando-se competente a defender e, sobretudo, a dar profundidade ao seu corredor.
Esteve em 32 dos 34 jogos da prova, falhando os outros dois por castigo (nove amarelos), marcou três golos, um deles no 4-1 caseiro ao FC Porto e, aos 22 anos, está a ser cobiçado por grandes clubes, nomeadamente o Real Madrid.
B – Bruno Lage
Como em 2018/19, foi chamado com a época a decorrer, desta vez para substituir o alemão Roger Schmidt depois da quarta jornada, e, uma vez mais, partindo cinco pontos atrás, conseguiu uma grande recuperação e colocar o Benfica na corrida ao título.
Os ‘encarnados’ chegaram a ter um ‘match point’, quando receberam o Sporting na penúltima ronda, mas não o concretizaram e os ‘leões’ acabaram campeões, mas, deste que Bruno Lage chegou, o Benfica foi o clube que somou mais pontos.
C – Clayton
Na primeira época no Rio Ave, depois de duas no Casa Pia (2022/23 e 2023/24), o avançado brasileiro, de 26 anos, foi, destacado, o melhor marcador dos ‘pequenos’, ao terminar a prova com 14 golos, dos 39 dos vila-condenses, em 31 jogos.
Clayton, que na tabela dos marcadores só ficou atrás de Gyökeres (Sporting), Pavlidis (Benfica) e Samu (FC Porto), destacou-se também pelo excesso de impetuosidade, colecionando 11 cartões amarelos e um vermelho por acumulação.
D – Di Maria, Angel
Na segunda época consecutiva na Luz, depois do regresso, 13 anos depois, em 2023/24, o campeão mundial argentino voltou a mostrar toda a sua imensa categoria e classe, cotando-se como um dos mais importantes jogadores do Benfica, aos 37 anos.
Foi o terceiro melhor marcador da equipa, com oito golos, em 25 jogos, incluindo um ‘bis’ na receção ao FC Porto (4-1), e não terá feito melhor devido às lesões, que o impediram de estar ao seu melhor na parte final da época.
E – Eduardo Quaresma
O golo que marcou na 32.ª e penúltima ronda, nos descontos, na receção ao Gil Vicente (2-1) pode ter sido determinante na conquista do título por parte do Sporting, pois permitiu ir à Luz, na ronde seguinte, em situação de vantagem.
Eduardo Quaresma, de 23 anos, foi o ‘herói’ desse decisivo encontro, num percurso em que não foi sempre titular, até pela mudança, a determinada altura, para uma defesa a quatro, mas conseguiu lugar no ‘onze base’, com 18 jogos como titular.
F – Fresneda, Iván
Depois de não ter contado para Ruben Amorim (três jogos, sempre como suplente) e João Pereira (sem utilização), foi aposta de Rui Borges, quando este abdicou do ‘3-4-3’ e apostou numa defesa a quatro, como o espanhol, de 20 anos, à direita.
Como Borges acabou por deixar cair as suas ideias, voltando às de Amorim, Fresneda passou, novamente, a contar menos, mas, ainda assim, esteve em 18 jogos, em 11 como titular, e contribuiu com três golos, um deles no Dragão (1-1).
G – Geny Catamo
Depois do protagonismo que teve no título de 2023/24, o internacional moçambicano voltou a ser forte aposta em 2024/25, com Ruben Amorim, João Pereira e Rui Borges, sendo novamente importante na revalidação do título.
Como na época passada, Catamo, de 24 anos, decidiu o jogo caseiro com o Benfica (1-0), então para devolver a liderança ao Sporting, à 16.ª jornada, para acabar como cinco golos e duas assistências, em 30 jogos, 20 dos quais como titular.
H – Hjulmand, Morten
O ‘capitão’ do Sporting foi um elemento ‘chave’ no bis do Sporting no campeonato, como pêndulo do meio-campo dos ‘leões’, o jogador das dobras, do equilíbrio, do posicionamento e da raça, que lhe custaram nove amarelos e um vermelho por acumulação.
Na segunda época em Alvalade, o dinamarquês, de 25 anos, somou 28 jogos, 26 dos quais como titular, nos quais conseguiu dois golos, incluindo um ‘tiraço’ na reviravolta em Braga (0-2 para 4-2), no adeus de Ruben Amorim, e duas assistências.
I – Inácio, Gonçalo
Na quarta temporada consecutiva como titular indiscutível na defesa do Sporting, Gonçalo Inácio mostrou novamente grande maturidade, confirmando-se, aos 23 anos, como um dos melhores centrais do futebol português.
Perdeu alguns jogos por lesão, não alcançando aos 33 jogos de 2022/23 ou aos 32 de 2023/24, mas ainda chegou aos 28, 25 dos quais como titular, e marcou três golos, voltando a despertar a cobiça de emblemas estrangeiros de ‘peso’. Tem contrato até 2027.
J – João Moutinho
Na segunda época consecutiva no Sporting de Braga, o médio internacional português, campeão da Europa em 2016, voltou a demonstrar, aos 38 anos, que é um jogador de classe ímpar, fazendo notar sempre a sua presença.
João Moutinho estará a dar os últimos passos da carreira, mas em 2024/25 foi um dos melhores dos ‘arsenalistas’, terminando a época com 22 jogos na prova, 19 dos quais como titular, e um golo marcado, no 2-1 em Moreira de Cónegos.
K – Kerem Akturkoglu
O extremo internacional turco de 26 anos, contratado ao Galatasaray sobre o fecho do mercado de verão, já em setembro, ‘chegou, viu e venceu’, numa primeira época fantástica na Luz, ainda que com um ‘apagão’ intermédio.
Foi um dos grandes destaques do início de época e fechou também em ‘grande’, para uma total de 11 golos, sempre celebrados à altura com a sua ‘varinha’ de Harry Potter, e 10 assistências, entusiasmando a Luz com a sua ‘magia’.
L – Lesões
Foram muitas, e variadas, as lesões que afetaram as diversas equipas ao longo da prova, com maior destaque, e visibilidade, nas equipas que disputaram o título até final, o campeão Sporting e o ‘vice’ Benfica.
Os ‘leões’ perderam cedo Nuno Santos, Daniel Bragança ‘caiu’ a meio da época e Pedro Gonçalves lesionou-se a meio da primeira volta e demorou muito a voltar, enquanto as ‘águias’ ficaram num minuto, para a época, sem Bah e Manu, a abrir a segunda volta.
M – Mora, Rodrigo
Começou a época no FC Porto B, a ‘crescer’, nas palavras do então treinador Vítor Bruno, mas, a cada oportunidade que lhe concederam, começou a demonstrar, com o seu talento ímpar, que não era esse o seu lugar, mas o de titular na equipa principal.
Fechou a época já com 18 anos, e contrato renovado até 2030, e é a grande esperança dos adeptos portistas para o futuro, depois de uma primeira época a prometer muito – 10 golos e quatro assistências, em 23 jogos -, como ‘farol’ de equipa sem rumo.
N – Nicolas Otamendi
Aos 37 anos, o campeão mundial argentino fez uma época notável no centro da defesa do Benfica, ‘obrigando’ os responsáveis ‘encarnados’ a ‘implorarem’ pela sua renovação de contrato, tal o seu nível exibicional e a liderança.
Por mais viagens intercontinentais realizadas, para defender as cores do seu país, ‘El general’ esteve sempre pronto para o Benfica e, mesmo não evitando um ou outro erro, um ou outro excesso, foi imperial, somando ainda seis golos, em 31 jogos.
O – Orkun, Kokçu
Foi uma das contratações mais caras do futebol português, quando, no defeso de 2023, o Benfica pagou 25 ME ao Feyenoord, e, depois de um primeira época em que não convenceu, subiu claramente o nível em 2024/25, sendo que ainda tem 24 anos.
Com a saída do alemão Roger Schmidt, ficou como queria no meio-campo dos ‘encarnados’, mais como ‘10’, a fazer jogar a equipa, e soltou o seu futebol, acabando o campeonato com sete golos e sete assistências em 33 jogos, 30 como titular.
P – Pavlidis, Vangelis
Contratado ao AZ Alkmaar por 18 milhões de euros, depois de 29 golos na Eredivisie 2023/24, parecia o homem certo para acabar com os problemas do Benfica em relação ao ponta de lança, mas falhou claramente na primeira volta, com apenas quatro golos.
Mas, após um hat-trick ao FC Barcelona, para a ‘Champions’, o avançado grego, de 26 anos, despertou e fez uma segunda volta em ‘grande’, com 15 golos, incluindo outro hat-trick notável, no Dragão, e quatro assistências, uma brilhante, com o Sporting.
Q – Quenda, Geovany
O jovem extremo do Sporting, de 18 anos, não foi sempre ‘certinho’, e acabou mesmo relegado para suplente por Rui Borges, mas a sua ‘omnipresença’ no título fica bem patente no facto de ter estado nos 34 jogos dos ‘leões’, em 26 como titular.
Os dois golos e quatro assistências não mostram a sua importância, não ilustram o seu potencial, que o Chelsea detetou, avançando para a sua contratação por 52,1 milhões de euros, com o ‘bónus’ de ainda o deixar brilhar em Alvalade em 2025/26.
R – Ruben Amorim
A sua quinta época em Alvalade acabou cedo, face ao convite irrecusável do Manchester United, mas, entre os treinadores, foi, ao longo de todo o campeonato, o mais falado, mesmo só tento estado nas primeiras 11 jornadas, todas saldadas com triunfos.
Depois de deixar o bis encaminhado, sobraram as comparações, para o seu sucessor imediato João Pereira, que só durou quatro rondas, e depois para Rui Borges, que teve de ir buscar o ‘3-4-3’ de Amorim para resgatar o título.
S – Samu Aghehowa
Foi uma contratação surpresa por parte do FC Porto, sobre o final do mercado de verão, mas o avançado espanhol, acabado de se sagrar campeão olímpico, ‘pegou de estaca’, mostrando-se um goleador temível, com 13 golos na primeira volta.
As exibições que fez valeram-lhe mesmo o primeiro jogo pela seleção principal de Espanha, mas, depois, caiu muito de produção na segunda volta, ficando-se pelos seis tentos, para um total de 19, em 30 jogos, e uma primeira época positiva, aos 21 anos.
T – Trincão, Francisco
Com o sueco Viktor Gÿokeres ao lado, não teve o protagonista devido, o que merecia, mas Francisco Trincão foi decisivo no título do Sporting, por muito mais do que o golo que marcou no ‘jogo do título’, na Luz (1-1).
Aos 25 anos, viveu uma época livre de lesões, o que lhe permitiu estar nos 34 jogos do Sporting, sempre como titular, e acabar como o ‘rei’ das assistências da prova (14) e ainda como o segundo melhor marcador dos campeões, com nove tentos.
U – Umaro Embaló
De regresso ao futebol português em janeiro, para mais meia época, Umaro Embaló foi importante no Vitória em fevereiro e março, conseguindo, em sete jogos como suplente utilizado, dois golos decisivos, no Dragão (1-1) e com o Casa Pia (1-0).
O treinador Luís Freire, que já o tinha chamado em janeiro de 2024 para o Rio Ave, viu, porém, a sua aposta ser interrompida no início de abril, quando o jogador acusou positivo num controlo anti-doping, por substâncias com fins recreativos.
V – Viktor Gyokeres
O avançado sueco do Sporting, de 26 anos, foi pelo segundo ano consecutivo, em duas épocas em Portugal, a grande figura do campeonato português de futebol, que terminou, desta vez, com 39 golos, registo que não se via desde Jardel, em 2001/02.
Com um grande poder físico e uma qualidade de finalização notável, Viktor Gÿokeres é o responsável número 1 pelo título dos ‘leões’, o seu elemento diferenciador, mais ainda depois da partida de Ruben Amorim, o outro elo mais forte. Vai embora?
W – Wanderson Galeno
O extremo internacional brasileiro foi uma das referências do FC Porto na primeira metade da época, conseguindo oito golos e três assistências, em 18 jogos, antes de se despedir, rumo ao Al Ahly – para ser campeão asiático -, no final de janeiro.
A sua falta, como um dos jogadores mais desequilibrantes da equipa, foi sentida, como a de Nico González (vendido ao Manchester City), com o FC Porto a entrar em ‘queda livre’ na segunda volta. Ainda foi o terceiro melhor marcador da equipa.
X – Xadrez
É a imagem de marca do Boavista, o xadrez das sua camisolas, a preto e branco, cuja falta vai ser sentida na edição 2025/26 da I Liga, já que, após 10 épocas consecutivas entre os ‘grandes’, os ‘axadrezados’ voltam novamente à II Liga.
A crise financeira, que vetou reforços durante várias janelas de transferência, foi, desta vez fatal, e o campeão de 2000/01 caiu. A próxima edição só terá três campeões, pois o Belenenses está ainda mais abaixo.
Y – Yusupha
O gambiano, com passado de sucesso no futebol português ao serviço do Boavista, foi uma das apostas do Farense no marcado de inverno, na tentativa de evitar a descida, mas, em 14 jogos de utilização, não conseguiu qualquer golo.
O Farense, depois de duas épocas entre os ‘grandes’, está de volta à II Liga, após um trajeto iniciado com seis derrotas, que custaram o lugar a José Mota, e nunca ultrapassado – desde a terceira ronda, esteve sempre abaixo do 15.º posto.
Z – Zeki Amdouni
O suíço Zeki Amdouni foi um dos jogadores que chegou esta época à Luz por empréstimo, como o regressado Renato Sanches, Belotti ou Dahl, e a sua contribuição foi importante, acabando a prova com sete golos, em 24 jogos, nove dos quais como titular.
Em golos vindos do banco (quatro, todas na primeira volta), só foi batido pelo venezuelano Alejandro Marqués (Estoril Praia), e acabou, na parte final da época, por conseguir mesmo um lugar no ‘onze’, antes de se lesionar em vésperas do ‘jogo do título’.