Teresa Bonvalot (Sporting) e Tiago Stock (Lombos) venceram a Allianz Ericeira Pro, a 3.ª etapa da Liga MEO Surf 2025 disputada na praia de Ribeira d’Ilhas, Ericeira. A surfista de Cascais continua de licra amarela e na liderança do ranking, tal como Luís Perloiro, surfista igualmente do Sporting. Na hora de ser chamada ao pódio, Bonvalot, não se esqueceu do emblema da cor verde e branca e ergueu, ao lado de Perloiro, um cachecol, fazendo a festa (do título nacional de futebol) para gáudio do público afeto ao clube leonino.
Bonvalot alcança a 5.ª vitória na Reserva Mundial de Surf (2015, 2019, 2022 e 2024) e a 29.ª em etapas do circuito nacional, o que a coloca a 10 de igualar a campeoníssima e já retirada, Patrícia Lopes, 11 vezes campeã nacional de surf.
Na final, Bonvalot, 25 anos, afastou Maria Salgado (Sealand), 18, campeã pro júnior (duas vitórias na Liga MEO, em Peniche, 2022 e 2023) com um score combinado de 12,35 pontos (6,50+5,85).
Com este triunfo, Teresa Bonvalot dá um passo de gigante na revalidação do título de campeã nacional. A luta pelo topo do ranking está reduzida a três: Francisca Veselko (ausente da etapa na Ericeira) e Maria Salgado, vice-campeã do Allianz Ericeira Pro, completam o tridente.
“Penso sempre etapa a etapa, passo a passo”, afirmou Bonvalot, 25 anos, sorrindo para a cada vez mais provável renovação do título. Teresinha, cinco vezes campeã nacional, soma, à 3.ª etapa, exatamente os mesmos pontos de 2024, dois primeiros lugares e um segundo posto. Entrou na Ericeira de licra amarela e segue assim vestida para a etapa de Ribeira Grande, Açores, 13 a 15 de junho
Questionada sobre a possibilidade de conseguir alcançar a barreira das possíveis 30 vitórias na 1.ª divisão do surf português e, talvez, conseguir, um dia, quebrar estabelecer um novo máximo, solta um desabafo ao SAPO DESPORTO.
“Às vezes olho e digo, uau, já, não sou assim tão velha, sou simplesmente uma jovem surfista que adora aquilo que faz”, sorriu a atleta que está de malas feitas para o arranque do Challenger Series (QS), acesso ao circuito principal da Liga Mundial de Surf (WSL), 2 a 8 junho, em Newcastle, na Austrália.
O triunfo do tigre de Carcavelos
Rodeado da família, pai e irmão, Tiago Stock, respirava felicidade com a prestação realizada e com a nova prancha que tem colada ao pé. “Foi a minha primeira vitória e faz-me lembrar o triunfo que alcancei no Capítulo Perfeito (competição que venceu em 2024 em Carcavelos)”, disse o surfista de Carcavelos, instantes após bater Gory Zubizarreta, 40 anos, afastado da competição desde 2022.
“Cresci a ver o Gory a surfar. É uma excelente surfista e foi a primeira vez que competi contra ele, pelo que vencê-lo deu-me uma alegria enorme”, confessou ao SAPO DESPORTO, deixando elogios ao surfista argentino de berço, galego de crescimento e português de adoção, antigo campeão mundial júnior ISA, por Espanha e antigo campeão nacional Open.
Luís Perloiro, que entrou em Ribeira d’Ilha a partilhar a liderança do ranking com Tomás Fernandes (eliminado na primeira ronda) mantém a licra amarela Go Chill.
À margem da competição, antes das finais, decorreu o Quiksilver Heritage Heat. A bateria especial juntou os antigos campeões nacionais, todos já retirados, os veteranos Tiago Pires, Ruben Gonzalez, José Gregório e Paulo Rodrigues (Paulo do Bairro). Uma celebração do “envelhecimento saudável”, conforme descreveu Tiago “Saca” Pires, o primeiro português no circuito mundial de surf e vencedor do heat.