O Liverpool já viveu dias melhores, uma vez que enfrenta uma crise de resultados que parece não ter fim à vista. Os ‘reds’ estão na oitava posição da Premier League com 18 pontos em 11 jogos.
Simon Hughes, jornalista do The Athletic, publicou um texto relacionado com o momento de forma do campeão inglês, onde refere que Diogo Jota deve ser mais vezes lembrado numa outra perspectiva.
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“Aos 20 minutos de cada jogo do Liverpool nesta temporada, acontece a mesma coisa. Independentemente do desempenho da equipa em campo, os adeptos do clube homenageiam o falecido Diogo Jota — cuja camisa número 20 do Liverpool agora está afastada — com a sua amada canção “Oh, his name is Diogo…”. O hino ainda é cantado em alto e bom som, mas antes era entoado em comemoração e, agora, vem carregado de tristeza”, pode ler-se.
De seguida, o jornalista recorda os números do Liverpool esta época com destaque para as sete derrotas nas últimas dez partidas, enaltecendo o “desempenho excecionalmente fraco”. Para além disso, voltou a lembrar o internacional português.
“Nenhum campeão em título na história da Premier League teve de lidar com a morte de um jogador titular em atividade. Alguém que fazia parte do plantel há cinco anos e que ajudou a conquistar o título mais recente num glorioso dia de primavera, há pouco mais de seis meses”, escreveu.
O jornalista garante que o sofrimento da família de Diogo Jota e André Silva é incomparável e que podem até sentir consolo ao ouvir os cânticos dos adeptos. No entanto, questiona se para os jogadores será assim.
“Seria compreensível se, cada vez que ouvissem a música, especialmente em Anfield, alguns parassem para pensar no que estavam a fazer. Também seria compreensível se, cada vez que precisassem de um golo num jogo, as suas mentes se lembrassem das ocasiões em que Jota os salvou. Seria compreensível se, esses outrora aparentemente invencíveis campeões, olhassem para o espaço no balneário onde Diogo Jota se preparava e sentissem uma onda de tristeza. Ou começassem a questionar a verdadeira importância do futebol.”
Por fim, Simon Hughes lembrou que a morte de Jota aconteceu durante a pré-temporada e que o plantel foi convidado a “retomar os treinos quando se sentissem prontos”. Ao fim de uma semana, o plantel regressou e o jornalista questiona se “estavam realmente pronto”.
“Só eles saberão a resposta, mas não seria surpresa se muitos simplesmente não soubessem onde mais estar (…) Esta é uma temporada como nenhuma outra para o Liverpool. E só porque não podem mais contar com ele, não significa que ele não esteja em todo lugar”, concluiu.
É de recordar que Diogo Jota e André Silva perderam a vida num acidente de viação em Zamora, Espanha.























