Luís Sénica, presidente da Federação de Patinagem, fez um balanço da prestação portuguesa no hóquei em patins e não tem dúvidas de que foi um “ano de ouro” na modalidade.
“É claramente um ano de ouro”, disse à agência Lusa. Portugal conquistou todos os títulos masculinos, sub-23, sub-19 (tricampeão), sub-17.
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“Um ano fantástico, que nos aumenta a responsabilidade, mas que nos deve manter humildes e focados. É uma vitória do coletivo, dos clubes, atletas, equipas técnicas e também dos pais, que investem na formação”, referiu.
O presidente lembra que o ano foi “histórico”, recusando a ideia de que Portugal sente dificuldades em conquistar um Europeu.
Em relação à saída já prevista do selecionador Paulo Freitas, Luís Sénica refere que “saiu muito bem, com título europeu e também com o título de sub-23”.
A sucessão ainda não está decidida, mas será um treinador português.
O dirigente comentou as declarações polémicas do selecionador francês, Nuno Lopes, e desvalorizou-as.
“Não há quadros perfeitos. Este proporcionou jogos intensos e competitivos, tanto no grupo A como no grupo B, e seis transmissões televisivas de grande qualidade”, comentou.
Realidade feminina
Após a derrota da seleção portuguesa feminina na final do Europeu de hóquei em patins contra Espanha, Luís Sénica enalteceu o crescimento na modalidade e lembrou que o campeonato espanhol é o “melhor do mundo no feminino, como acontece no masculino em Portugal”.
“Felizmente temos subido o número de praticantes nas nossas disciplinas. Por altura da covid-19 andávamos nos 13 mil, batemos recordes todos os anos pós-covid e este ano ultrapassámos os 19 mil”, afirmou.
“Durante a pandemia foram tomadas decisões decisivas para ancorar a continuidade do hóquei feminino”, prosseguiu, lembrando a isenção de taxas e o reconhecimento do campeonato nacional como competição profissional.
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Atualmente estão registadas 600 praticantes femininas na modalidade.
Por fim, o presidente garantiu que o objetivo é deixar o organismo, no final do seu último mandato (2028), “estável e com processos facilitadores”, para que o sucessor tenha condições para fazer ainda melhor.