O arranque do Grande Prémio de Portugal de MotoGP não correu como Miguel Oliveira esperava. O piloto português da Yamaha terminou esta sexta-feira na 22.ª e última posição dos treinos cronometrados no Autódromo Internacional do Algarve (AIA), ficando a 1,907 segundos do mais rápido, o espanhol Alex Márquez (Ducati).
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Com dificuldades em encontrar aderência e tração, Oliveira confessou que o desempenho ficou aquém das expetativas.
“A pista melhorou ligeiramente para a tarde, mas rompemos a tração muito rápido, rompemos o grip e é muito difícil recuperar mesmo levantando a moto e cortando um bocadinho de gás. Não estávamos à espera. As perspetivas aqui eram outras”, explicou o piloto, em declarações aos jornalistas.
O português revelou que o comportamento da moto o surpreendeu, sobretudo num traçado que julgava ser favorável.
“A moto tem funcionado bem em circuitos não semelhantes a este, mas com níveis baixos de grip. Pensámos que aqui podia ser uma dessas pistas”, acrescentou.
Sem lugar direto na Q2, Miguel Oliveira vai disputar a Q1, a fase inicial da qualificação, no sábado — uma sessão que, reconhece, é das “mais difíceis de todo o fim de semana”.
“Mesmo com um tempo competitivo, é atirar a moeda ao ar e ver o que podemos fazer. Acredito em melhorar muito, mas não sei se será suficiente para passar ou não.”
Para tentar inverter o rumo, o piloto português promete alterações profundas no setup e na eletrónica da sua Yamaha, com o objetivo de reduzir a diferença e ganhar ritmo.
“Vamos adotar uma abordagem diferente para sábado, tanto a nível de eletrónica como de configuração. A esperança é reduzir a diferença e sobretudo melhorar o ritmo”, apontou.
Com realismo, Oliveira admitiu que um lugar entre a quinta e a sexta fila da grelha já seria um resultado positivo.
“Visto como começámos o fim de semana, repetir isso ou melhor já é muito bom”, afirmou.
A 21.ª prova do Mundial de MotoGP, que se disputa até domingo em Portimão, volta a receber o campeonato pelo sexto ano consecutivo. O evento fica marcado pelas ausências de Marc Márquez (já campeão de 2025) e Jorge Martín (vencedor da edição anterior), ambos lesionados.























