Portugal vai marcar presença no Mundial de ginástica artística, que irá decorrer em Jacarta, na Indonésia. A seleção lusa é composta praticamente por estreantes e o objetivo é chegar aos níveis de alto rendimento, tal como refere André Marques.
O diretor técnico nacional não esconde que a participação portuguesa pretende dar continuidade à preparação para os Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 2028.
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“Gostaríamos de estar representados nos Jogos Olímpicos, tanto em masculinos como em femininos. É ambicioso, mas não é impossível”, referiu André Marques, em declarações à agência Lusa.
A saída de Filipa Martins da modalidade causou um ‘vazio’ na ginástica lusa, estando a ser feita uma “transição”. Ainda assim, o diretor técnico nacional garante que há outros ginastas que “estão a surgir e tornam possível a ambição olímpica”.
“Portugal tem uma equipa de jovens que já têm alguma experiência em competições internacionais mas que se vão estrear em Campeonatos do Mundo, como é o caso de todos os rapazes e da Gabriela”, afirmou André Marques.
A seleção portuguesa é composta por Filipe Almeida, Luís Léchaud, Marcelo Marques, Gabriela Alves (estreantes em Mundiais), Mafalda Costa e Mariana Parente.
Teresa Loureiro irá comandar a delegação, tal como os treinadores Pedro Almeida e Cristina Gomes, s juízes Edmundo Silva e Susana Benigno e a fisioterapeuta Beatriz Almeida.
No setor feminino, vão competir em todos os quatro aparelhos (barras assimétricas, trave, salto e solo) em competição para Portugal. Já na vertente masculina, os ginastas vão optar entre um a seis elementos (barras paralelas, barra fixa, argolas, cavalo, salto e solo).
Apesar de não esconder ambições maiores, André Marques é realista nas metas e refere que o principal objetivo para o Mundial é “alcançar níveis de alto rendimento para todos os ginastas”. Para que isso aconteça, é preciso que os atletas portugueses consigam estar presentes na “1.ª metade das tabelas”.
Mundial de ginástica
Neste Mundial, só vão ser contabilizados os resultados individuais, sendo que em 2026 a prova regressa para a competição por equipas. Para além disso, as vagas de participação são maiores, uma vez que é o primeiro ano do ciclo olímpico, entre 2025 e 2028.
Em relação aos participantes, cada país pode ser uma seleção composta por um máximo de quatro mulheres e seis homens. Contudo, só três ginastas de cada género é que vão poder estar presentes nas qualificações por aparelho. As finais masculinas e femininas vão ficar decididas entre os 24 melhores do all-around e os oito melhores de cada aparelho individual. A particularidade é que apenas dois ginastas de cada país é que podem assegurar essa participação nos aparelhos individuais.
No total, o Mundial de Ginástica terá 297 ginastas masculinos e 204 ginastas femininas, ao longo das 79 federações, tal como refere a Lusa.
É de recordar que a comitiva lusa já está em Jacarta para o campeonato, que decorre a 25 de outubro.