A Argentina assegurou um lugar na final do Mundial de sub-20, isto depois de bater a Colômbia nas meias-finais e vai procurar no próximo domingo, frente a Marrocos, alcançar o seu sétimo título da categoria.
Quem não esteve na competição foi Portugal, uma seleção com pergaminhos na prova, depois dos títulos de 1989 e 1991, com Carlos Queiroz no comando técnico da seleção das quinas.
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A revalidação do título em 1991
A 30 de junho de 1991, a equipa das quinas venceu o Brasil na final (4-2, após um nulo no prolongamento). Num estádio da Luz a rebentar pelas costuras e com 127 mil espectadores nas bancadas, Portugal conseguiu revalidar o título conquistado em 1989 em Riad.
Jorge Costa – marcou ele a primeira grande penalidade – Luís Figo, Paulo Torres e Rui Costa marcaram para os lusos. Giovane Élber, antigo avançado do Bayern, desperdiçou o castigo máximo, assim como Marquinhos. O dianteiro disparou à barra, já o médio permitiu a defesa de Fernando Brassard. O guardião e João Vieira Pinto foram os dois bicampeões do mundo, e esse resultado abriu portas para o crescimento do futebol português.
Para chegar à final, Portugal bateu a Austrália com um golo extraordinário de Rui Costa de fora da área, abrindo assim caminho para mais uma final.
O agora presidente do Benfica e antigo internacional luso sempre foi dado a grandes golos e haveria de repetir a ‘graça’, nos quartos de final frente à Inglaterra do Euro 2004. Inesquecível foi também o golo decisivo que levou Portugal à fase final do Euro 1996, no triunfo por 3-0 frente à República da Irlanda.
Os tempos de glória da seleção lusa iniciaram-se dois anos antes, na Arábia Saudita com o primeiro título da equipa lusa nesta categoria.
Em 1991, na fase de grupos, Portugal não sofreu qualquer golo na fase de grupos, nos triunfos frente à Irlanda (2-0), Argentina (3-0) e Coreia do Sul (1-0). Nos quartos de final, Portugal bateu o México por 2-1, com um golo marcado já no prolongamento por Toni. A Austrália foi derrubada após um remate (já lembrado) de Rui Costa.
O Brasil contava com muito talento, para além e Élber, também Roberto Carlos, ele que viria a ser um dos jogadores mais influentes da sua geração.
Na final, foi Rui Costa o autor do golo do título. A equipa de 1991 contava com jogadores que desenharam a geração de ouro: casos de Rui Costa, Luís Figo, João Vieira Pinto, Abel Xavier, Paulo Sousa, Capucho, Jorge Costa, Rui Bento, Nélson, Emílio Peixe, Fernando Couto, entre outros. Peixe foi eleito o melhor jogador da prova, já Paulo Torres destacou-se como melhor marcador, com três golos em seis partidas. No lote de jogadores também estava incluído os nomes de Tó Ferreira, Cao, João Oliveira Pinto, Gil Gomes, Luís Miguel Martins e Toni Gama, que tiveram carreiras mais modestas que os jogadores já mencionados.
O país recebeu com entusiasmo a competição, perante a possibilidade de Portugal revalidar em casa o título conquistado dois anos antes. A cerimónia de abertura teve lugar no antigo estádio das Antas, no dia 14 de junho.
Em 1989, os golos de Abel Silva e Jorge Couto frente à Nigéria, valeram o primeiro título daquela que era um esboço da geração de ouro e que era capitaneada por Tozé.
Portugal nunca mais conseguiu vencer o título de campeão mundial, tendo disputado 12 das 22 fases finais. Na última participação, em 2019, Portugal caiu na fase de grupos, não se tendo qualificado para as competições em 2023 e 2025.
Em 1995, Portugal conseguiu ficar em terceiro lugar. Em 2011, perdeu na final contra o Brasil. A seleção nacional esteve a vencer por 2-1, deixou-se empatar e foi derrotada no prolongamento.