A presidente da Federação Norueguesa de Futebol, Lise Klaveness, reagiu à condenação de Andreas Schjelderup, avançado do Benfica, que recebeu 14 dias de prisão suspensa por partilha ilegal de um vídeo de natureza sexual envolvendo menores. A dirigente evitou garantir a presença do jogador no Mundial2026, apesar de assegurar que o selecionador Stale Solbakken continua livre para o convocar.
Em declarações à TV2, Klaveness admitiu que a situação levanta dúvidas quanto à entrada do jogador nos países anfitriões — Canadá, Estados Unidos e México.
“A sentença está dentro do esperado. O Stale tem total liberdade para convocar o Andreas”, afirmou, antes de salientar a questão essencial: “Vamos investigar se esta sentença terá impacto na entrada nos países anfitriões do Campeonato do Mundo.”
A Noruega já garantiu a qualificação direta para a fase final da competição, mas Schjelderup pode enfrentar entraves burocráticos decorrentes do processo judicial.
O caso e a confissão
O escândalo só se tornou público a 8 de novembro, durante a segunda volta das eleições do Benfica, e levou o internacional norueguês — emprestado ao Nordsjaelland na época dos factos — a admitir em tribunal que partilhou o vídeo após recebê-lo no Snapchat: “Recebi o vídeo como uma piada de mau gosto e partilhei-o num grupo com quatro amigos. Só depois percebi que envolvia dois jovens e que era de natureza sexual”, declarou Schjelderup perante o juiz, segundo a TV2.
O avançado disse ainda ter apagado de imediato o ficheiro e reconheceu que se apercebeu rapidamente de que estava a cometer uma partilha ilegal.
O Tribunal Municipal de Copenhaga decretou 14 dias de prisão suspensa, depois de uma audiência de cerca de 45 minutos, acompanhando uma pena mais leve do que a pedida pelo Ministério Público dinamarquês (20 a 30 dias). O juiz foi claro:
“Você vai levar um cartão amarelo”, avisou, frisando que Schjelderup não poderá cometer qualquer crime durante um ano.
O caso continua a ter repercussões desportivas e extradesportivas, enquanto a Federação Norueguesa avalia os potenciais impactos para o Mundial do próximo verão.























