Quatro meses depois do início do julgamento, foi esta quinta-feira lida a sentença da Operação Pretoriano no Tribunal de São João Novo, no Porto.
Fernando Madureira, antigo líder dos Super Dragões, foi condenado a três anos e nove meses de prisão, mais dois anos sem entrar em recintos desportivos por crimes de ofensas corporais, coação, ameaça e ameaça agravada.
A mulher, Sandra Madureira, foi condenada a 2 anos e 8 meses de prisão (suspensa), com meio ano de interdição; e Vítor Catão foi condenado 3 anos e meio de prisão (suspensa), mais seis meses de interdição; já Fernando Saul e José Dias foram absolvidos.
Na leitura do acórdão, a juíza deu como provado a criação de um plano criminoso para condicionar a Assembleia Geral do FC Porto de novembro de 2023.
Neste caso, os arguidos apontados são Fernando Madureira e Sandra Madureira, dando assim a entender a possibilidade de uma condenação dos mesmos.
Várias acusações do Ministério Público estão a ser dadas como provadas: o roubo e distribuição de pulseiras por Fernando Madureira e Hugo Polaco, a coação de sócios por parte de Sandra Madureira, condicionamento do candidato André Villas-Boas para manter Pinto da Costa na presidência do FC Porto.
Juíza afirma que o acórdão tem mais de 200 páginas, pelo que será lida uma versão abreviada do mesmo, mas onde se incluem as várias mensagens de Whatsapp trocadas, assim como testemunhos de coação durante a AG.
O tribunal rejeitou a ideia, apresentada pela defesa de Fernando Madureira, de que as ações do mesmo foram no intuito de acalmar os ânimos. Para tal, o tribunal recorreu aos testemunhos e às imagens de vigilância.
São também referidas as agressões a adeptos durante a AG, mais propriamente as cometidas por Hugo Loureiro e Vítor Aleixo (filho). Neste âmbito, a juíza recordou as palavras de Vítor Aleixo (pai) ao dizer que o seu filho “agrediu outro homem”.
Arguidos são ilibados dos crimes de coação agravada, mas a maioria é condenada por cinco crimes de ofensas corporais, coação, ameaça e ameaça agravada.
Veja a decisão do tribunal:
Fernando Madureira: 3 anos e 9 meses de prisão (efetiva), além de dois anos de interdição em recintos desportivos;
Sandra Madureira: 2 anos e 8 meses de prisão (suspensa), com meio ano de interdição;
Vítor Catão: 3 anos e meio de prisão (suspensa), mais seis meses de interdição;
Hugo Polaco: 2 anos e 9 meses de prisão (suspensa);
Vítor Aleixo (pai): 3 anos e 3 meses de prisão (suspensa);
Vítor Aleixo (filho): 2 anos e 10 meses de prisão (suspensa);
Carlos Jamaica: 2 anos e 10 meses de prisão (suspensa);
Hugo Fanfas: 4 anos e 1 mês de prisão (suspensa);
José Pereira: 2 anos e 10 meses de prisão (suspensa);
Fernando Saul e José Dias: absolvidos