O Futebol Clube do Porto voltou a mostrar que joga muito para lá das quatro linhas. Esta segunda-feira, em Matosinhos, o emblema portista formalizou uma parceria com o CEiiA e com a Onda Solidária (Brasil) no âmbito do projeto Player 0, uma iniciativa que alia o futebol à ação climática e desafia os adeptos a tornarem-se parte ativa da neutralidade carbónica.
– Tudo sobre o desporto nacional e internacional em sportinforma.sapo.pt –
Através da tecnologia AYR, o Player 0 transforma o comportamento dos adeptos — nomeadamente as suas deslocações aos jogos — em contributos mensuráveis para reduzir as emissões de carbono. O objetivo é claro: mobilizar milhões de fãs em todo o mundo para que, ao apoiar o seu clube, também ajudem o planeta.
O FC Porto assume-se como o primeiro clube-laboratório do projeto, numa fase que servirá para testar, desenvolver e expandir a iniciativa. A escolha não é inocente: o clube tem vindo a destacar-se internacionalmente pelas suas práticas sustentáveis e pela forte ligação à cidade do Porto — elementos centrais num contexto em que Portugal quer contribuir para que o Mundial 2030 seja o primeiro carbon positive da história do futebol.
“O desporto tem o poder de unir e inspirar. O FC Porto, ao juntar-se ao Player 0, pretende mobilizar clubes, adeptos e comunidades para uma causa comum: o futuro do planeta”, sublinhou João Borges, vice-presidente dos dragões. “Esta é uma iniciativa que ultrapassa fronteiras e cores, porque a sustentabilidade é um desígnio de todos.”
A assinatura do acordo decorreu no CEiiA, em Matosinhos, e contou com a presença de Lídia Pereira, presidente da Delegação Europeia para a COP30, que destacou a relevância do projeto para o cumprimento das metas climáticas europeias.
“Iniciativas como o Player 0 aproximam as pessoas das metas do Pacto Ecológico Europeu. Representam a Europa que queremos — inovadora, cooperante e comprometida com a ação concreta e o impacto”, afirmou.
A Onda Solidária, organização brasileira parceira do projeto, será responsável por levar o conceito a outros continentes — com especial enfoque na América Latina e no Japão — reforçando o caráter global e inclusivo da iniciativa. “O Player 0 é uma ponte entre continentes. Através dele, levaremos a mensagem da sustentabilidade a comunidades onde o desporto é esperança e união”, destacou Ricardo Calçado, líder da entidade.
Para Vladimiro Feliz, CEO da AYR Neutral, trata-se de uma das maiores mobilizações globais de adeptos em torno do combate às alterações climáticas: “Vamos competir não só nos estádios, mas também em todo o planeta.”
Com o FC Porto e a Onda Solidária como novos parceiros de referência, o Player 0 entra em campo com ambição global, consolidando Portugal e Brasil como os epicentros de um movimento que quer provar que, no futebol, também se joga o desafio das alterações climáticas.























