Os clubes da Premier League vão bem lançados para bater o recorde de gastos em transferências, quando faltam duas semanas para o fecho do mercado de verão. E sabendo como costumam ser frenéticos nos últimos dias, não será de estranhar a queda do recorde, até porque há muitos negócios ainda por fazer.
De acordo com os dados do ‘FootballTransfers.com’, citados pela BBC, os clubes do campeonato mais mediático do Mundo já gastaram 2.618 milhões de euros (2,26 mil milhões de libras) na compra de jogadores desde a abertura do mercado, no início de junho, um aumento de 12,7% em relação ao verão de 2024: 2.282 ME (1,97 mil milhões de libras).
De recordar que este ano houve duas janelas de verão, por causa do Mundial de clubes. A primeira janela decorreu entre ’01 de junho e 10 de junho, e esta segunda abriu no dia 16 de junho e vai até 01 de setembro.
Premier League vive num mundo a parte
Dos 20 clubes que estão a disputar a Premier League, 16 bateram o seu recorde de transferências nos últimos quatro anos. E quatro deles (Chelsea, Liverpool, Manchester City e Arsenal) já têm recordes iguais ou superiores a 115.8 ME.
O recorde de gastos numa janela de verão foi estabelecido em 2023, quando os 20 emblemas da Liga Inglesa pagaram 2.734 milhões de euros (2,36 mil milhões de libras) para reforçar os seus planteis.
Mais uma vez, a Liga Inglesa domina o mercado, com a sua capacidade financeira, onde os gastos superam, em larga escala, o que recebem em vendas. Neste caso, são 1.158 milhões de euros, algo como mil milhões de libras. Além da inglesa, só a Liga Espanhola apresenta, até agora, saldo negativo: 35 ME negativos.
Os gastos da Premier League este verão ultrapassam o total investido pelas equipas da Serie A, Bundesliga, Ligue 1 e La Liga, juntos. Das principais ligas mundiais, a Serie A italiana aprece em segundo lugar, com 907 milhões de euros gastos em compras de jogadores.
Seis clubes batem os seus recordes de transferências
Neste momento, seis emblemas da Premier League já bateram o seu recorde de transferências. O Brentford pagou 49.2 milhões de euros ao Bournemouth pelo avançado burquinês Dango Ouattara; os ‘cherries’ desembolsaram 40 ME no central francês Bafodé Diakité; o Burnley, recém-promovido, pagou 28.9 ME pelo médio francês Lesley Ugochukwu; o Sunderland investiu 30.1 ME no médio senegalês Habib Diarra. O Nottingham Forest de Nuno Espírito Santo pagou 43.4 ME pelo extremo suíço Dan Ndoye (Bologna), o mesmo valor que investiu em Omari Hutchison (Ipswich).
Mas a maior compra até agora foi realizada pelo Liverpool que contratou Florian Wirtz ao Bayer Leverkusen por 115.8 ME garantidos, mais 18.5 ME em bónus. Se o bónus foi cumprido, Wirtz destronará Enzo Fernandes como a compra mais cara da Premier League, quando o Chelsea deu 124 ME ao Benfica pelo argentino, em 2023.
Dos recém-promovidos, o Burnley destaca-se por ter gasto apenas 28.9 ME até agora. Numa liga onde os promovidos sofrem muito para permanecerem na Primeira Divisão, o Sunderland quer evitar todo o custo a despromoção. Vai daí, já investiu 162.1 ME, sendo, até aos dias de hoje, o clube promovido que mais gastou em reforços, de acordo com o FootballTransfers.com.
Para se ter uma ideia, na Liga Espanhola, só o Real Madrid e o Atlético gastaram mais do que o ‘black cats’.
Fora da Premier League, a maior transferência até agora é a de Luiz Diaz do Liverpool para o Bayern Munique (75.3 ME).