O Comité de Ética da FIFA vai analisar uma denúncia contra o presidente do organismo, Gianni Infantino, acusado de violar o dever de neutralidade do organismo.
Em causa as declarações do presidente da FIFA sobre Donald Trump e a entrega de um prémio – Prémio da Paz – criado pelo próprio para dar ao presidente dos EUA, entregue na última sexta-feira, dia do sorteio do Mundial de 2026, que decorrerá nos EUA, México e Canadá.
Escreve o ‘The Athletic’ que a denúncia contra Infantino foi enviada pela FaithSquare, uma organização sem fins lucrativos e grupo de defesa que se concentra, sobretudo, nos direitos globais dos emigrantes laborais, repressão política e desporto. A FaithSquare detalha quatro supostas violações do presidente da FIFA relacionadas com o apoio público a Donald Trump.
A denúncia fala numa “campanha” de Gianni Infantino para que fosse Donald Trump o galardoado com o Prémio Nobel da Paz, no início de 2025.
As declarações do presidente da FIFA sobre o papel do presidente do Estados Unidos no cessar-fogo entre Israel e Gaza pode ter violado o dever de neutralidade do organismo que rege o futebol mundial. A carta da FaithSquare destaca a forma como Infantino se referiu a Trump como um “amigo muito próximo”, demonstrando assim uma “posição política muito clara”.
Na carta de oito páginas, a FaithSquare pede uma investigação do Comité de Ética da FIFA às circunstâncias que envolveram a criação do Prémio da Paz da FIFA e a sua entrega a Donald Trump, um “líder político em exercício”.
De recordar que o Comité de Ética Independente da FIFA é um dos seus órgãos judiciais. É o principal responsável pela investigação de possíveis violações do Código de Ética da instituição.























