O presidente da Mesa da Assembleia Geral do FC Porto, António Tavares Ferreira, admitiu esta terça-feira a possibilidade de o número 2 vir a ser retirado no clube, em homenagem a Jorge Costa, que faleceu aos 53 anos, vítima de uma paragem cardiorrespiratória.
Em declarações à RTP, o dirigente sublinhou o simbolismo do dorsal usado durante anos pelo antigo capitão dos dragões, herdeiro de João Pinto e figura central da história recente do clube:
“É evidente que o número dois tem um peso muito próprio, muito específico. Se o FC Porto deveria retirá-lo? Admito que sim, seria um ato bonito e muito interessante do FC Porto.”
Tavares Ferreira reforçou que a decisão caberá naturalmente à Direção, mas acredita que essa eventual homenagem contaria com o apoio unânime dos sócios:
“Obviamente, não me compete a mim estar aqui a fazer esse tipo de propostas. Estou certo que os mais de 100 mil sócios do FC Porto não terão dificuldade nenhuma em subscrever uma atitude deste género, se a Direção do clube assim o entender. Seria uma forma bonita e justa de perpetuar a memória de Jorge Costa.”
Jorge Costa usou o número 2 durante grande parte da sua carreira no FC Porto, envergando a braçadeira de capitão em alguns dos momentos mais marcantes da história do clube, incluindo a conquista da Liga dos Campeões em 2004. O número tornou-se, para muitos adeptos, sinónimo de liderança, entrega e identidade portista.