Ali Koç falou este domingo sobre o processo que levou ao despedimento de José Mourinho, apontado à diferença de filosofias como um dos fatores determinantes.
“Foi uma despedida amarga. A nossa química era perfeita. Os sucessos dele são inquestionáveis. Só o facto de poder trazê-lo para cá já foi uma grande conquista. Acima de tudo, foi difícil separar-me de alguém de quem eu era amigo. Sabíamos que nosso treinador jogaria defensivamente quando o trouxemos, mas, no final da última temporada, discutimos a necessidade de jogar de forma mais dominante. O nosso ADN é marcar 99 golos e somar 99 pontos”, começou por dizer.
O presidente do Fenerbahçe recordou ainda a eliminatória da Liga dos Campeões diante do Benfica, sublinhando, não tanto a eliminação, mas a forma como tal aconteceu.
“Sermos eliminados pelo Benfica não foi um problema, mas a forma como fomos eliminados foi inaceitável. Isso fez-me sentir que o estilo de jogo do ano passado iria continuar. Rescindimos contrato porque acreditávamos que esta equipa poderia jogar melhor neste momento. Este tipo de futebol funciona na Europa, mas na Turquia, temos de esmagar os nossos adversários na maioria dos jogos. Estamos com dificuldades para darmos a volta depois de estarmos a perder em quase todos os jogos”, acrescentou.
Numa altura em que se recandidata à liderança do Fenerbahçe, Ali Koç deixou uma mensagem aos sócios do clube turco.
“Por que sócios deveriam votar em mim? Devem ter em conta o seguinte: uma nova aventura, ou continuar com novos investimentos e novas iniciativas, colhendo os frutos dessas sementes? Deveriam também analisar os conselhos de administração e analisá-los. Em outras palavras, quem tem esse poder? Quem pode fazer esses grandes investimentos de forma mais eficiente?”, concluiu.