O presidente dos Clubes Europeus de Futebol (EFC), Nasser Al-Khelaifi, afirmou esta quinta-feira que o projeto da Superliga europeia “está morto”, elogiando a reaproximação do FC Barcelona à estrutura que sucedeu à Associação Europeia de Clubes (ECA).
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“A Superliga estava morta antes mesmo de começar. Não precisamos de nenhuma outra competição — já temos a melhor prova de clubes do mundo, com formatos ainda melhores. É isso que queremos e o FC Barcelona também o tem demonstrado. Vamos ver o que acontece a seguir”, afirmou o dirigente qatari, que também preside ao Paris Saint-Germain, tetracampeão francês e atual campeão europeu.
As declarações foram feitas em Roma, no final da 32.ª Assembleia Geral dos EFC, que contou com a presença do presidente do Barcelona, Joan Laporta, um dos principais rostos do projeto original da Superliga.
“É um grande amigo, de longa data. Às vezes, os amigos podem discordar sobre a forma de fazer as coisas, mas acabam por encontrar uma solução. Agradeço-lhe por regressar a esta família. Todos os clubes estão felizes por ter o FC Barcelona de volta”, destacou Al-Khelaifi, manifestando o desejo de que o Real Madrid também reaproxime a sua posição dos EFC e da UEFA.
Por sua vez, Laporta defendeu que é necessário construir uma nova relação entre as diferentes entidades do futebol europeu. “Ainda há um longo caminho a percorrer. Alguns projetos da Superliga são válidos e devem ser estudados pela UEFA. Acredito que estamos todos a trabalhar para alcançar um entendimento que traga paz ao futebol europeu”, afirmou o líder catalão.
O projeto da Superliga, apresentado em abril de 2021, ruiu apenas 48 horas depois de anunciado, após forte oposição de federações, governos e adeptos. Em 2022, a A22 Sports Management tentou relançar a ideia com um modelo aberto, baseado no mérito desportivo, mas sem sucesso.
Dos 12 clubes fundadores, nove já abandonaram o projeto, mantendo-se apenas Barcelona, Real Madrid e Juventus entre os defensores iniciais.
Al-Khelaifi concluiu a sua intervenção com um apelo à união entre clubes e organismos. “O futebol europeu é mais forte quando estamos juntos. O futuro passa por cooperação, não por divisões.”