O Al-Sadd oficializou, ao final da manhã desta quinta-feira, a contratação de Roberto Mancini para liderar a equipa principal durante as próximas duas épocas e meia, num compromisso válido até junho de 2028. A chegada do técnico italiano marca o fim da passagem de Félix Sánchez, afastado após um início de temporada longe das ambições do emblema de Doha.
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O desempenho irregular da equipa — apenas duas vitórias, cinco empates e duas derrotas nos primeiros nove jogos oficiais — acabou por precipitar a mudança no comando técnico. Mancini, que estava sem clube desde que deixou a seleção da Arábia Saudita, há pouco mais de um ano, volta agora ao ativo num contexto que exige reação imediata.
O treinador de 59 anos traz consigo um currículo vasto, construído entre Itália, Inglaterra, Turquia e Rússia, com passagens por Fiorentina, Lazio, Inter de Milão, Manchester City, Galatasaray e Zenit. Na bagagem leva títulos de relevo, incluindo a Premier League conquistada com o Manchester City, além de uma Taça e uma Supertaça de Inglaterra.
A estreia está marcada para domingo, 16 de novembro, às 16h30 (hora portuguesa), frente ao Al Ahli, no Jassim bin Hamad Stadium, em partida referente à sexta jornada da fase de liga da Taça da Liga do Qatar.
A sombra do Manchester United
A chegada ao Qatar acontece cerca de um mês depois de o jornal britânico The Sun ter revelado que Mancini se via como potencial sucessor de Rúben Amorim no Manchester United, numa fase em que o técnico português atravessava maior pressão em Old Trafford. A relação próxima entre Mancini e Sir Jim Ratcliffe, coproprietário dos red devils, e o seu histórico no futebol inglês alimentaram a especulação.
Contudo, Amorim recuperou terreno de forma convincente e acabou mesmo distinguido como treinador do mês de outubro na Premier League, mantendo intacta a sua posição no clube.
Um cenário desafiante à espera do italiano
Mancini encontra um Al-Sadd longe daquilo que habitualmente representa no Qatar. Na Taça da Liga, o conjunto ocupa o 18.º lugar — antepenúltimo — com apenas um ponto em quatro partidas, igualando o registo do Al-Gharafa de Pedro Martins (com mais um jogo) e do Lusail SC.
No campeonato, o panorama também exige resposta. A equipa soma 14 pontos, tantos quanto o Al-Wakrah, surgindo na quinta posição. À frente seguem o Al-Gharafa (22 pontos), Al-Shamal (18), Qatar SC (17) e Al-Rayyan (16).
O desafio é, portanto, duplo: devolver competitividade imediata às competições domésticas e reconstruir a identidade vencedora de um clube habituado a lutar por títulos. Mancini, com experiência e estatuto, será agora o rosto dessa tentativa de reerguer o Al-Sadd.























