O Sporting recebe quarta-feira no Estádio José Alvalade o Marselha, líder da Ligue 1, e na antevisão à partida o treinador dos leões, Rui Borges, discordou por completo da ideia de que a sua equipa esteja a atravessar um mau momento, garantindo que está tudo bem entre ele e os jogadores, mas lembrou que os bicampeões vão ter pela frente um jogo muito complicado, frente a uma equipa de grande qualidade.
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Período mais delicados desde que chegou ao Sporting? “Ainda não entendi bem isso da má fase. Tivemos um jogo menos conseguido contra o Braga e meia parte diante do Estoril. Para trás ninguém falou da má fase, diziam que o Sporting tinha boa qualidade de jogo. Estamos em segundo, e não em sétimo, a três pontos do primeiro. Passámos na Taça, com dificuldades. Para mim a má fase não existe. A equipa sabe o que tem de fazer e isso viu-se mesmo até quando perdemos o troféu para o Benfica, mesmo quando perdemos com o FC Porto. Foi bem explicita a dinâmica e qualidade da equipa. Não existe má fase. Foi um jogo menos conseguido com o Braga apenas.”
Pela frente vai estar o líder da Ligue 1: “Se queremos estar nesta competição queremos defrontar os melhores e nas melhores fases. Respeitámos na fase do sorteio pela qualidade do treinador. Vamos vendo muitas coisas para adaptar a nossa postura. Estão numa boa fase da época, estão em primeiro no campeonato. Percebe-se bem a qualidade que está daquele lado, gosta de ter bola. É uma equipa com muita capacidade para fazer golo.”
Mudanças no onze inicial: “As escolhas têm que ver com a estratégia do jogo, não com a fase de gerir. Vamos perceber qual será o impacto. A malta vai acabar por estar muito mais ligada. A equipa está preparada nesse sentido e as escolhas serão os melhores dentro da estratégia que teremos para defrontar uma boa equipa do outro lado. Temos de sentir o desgaste da Taça.”
Adeptos têm mostrado descontentamento: “No fim do jogo com o Paços passámos a eliminatória, todos sentimos carinho enorme dos nossos adeptos e é isso que me apraz dizer. Não percebo a má fase. Os últimos resultados foi um empate com o Sporting de Braga e uma vitória contra o Paços. Se isso é uma má fase… Eu vejo o o futebol de forma diferente. A equipa percebe a dinâmica. Há momentos menos bons… não vamos sempre jogar bem. Fizemos bons jogos, quebrámos no jogo com o Estoril e o Sporting de Braga, não fujo a isso. Com o Paços de Ferreira foi um jogo de Taça. São os jogos diferentes e que mais me deixam stressado.”
Importância do fator casa: “Nestes jogos não há favoritos porque são grandes equipas, tanto em casa como fora. Claro que depois no fim olhamos para os jogos em casa porque temos os nossos adeptos, aquela forcinha extra que nos dá mais força pra ultrapassar o adversário. Acredito que no fim olhamos para os jogos em casa porque nos sentimos mais fortes por termos mais gente e mais apoio. Vamos disputar todos os jogos para ganhar, seja em casa ou fora.”
Exibições menos conseguidas de Hjulmand: “Não vai estar sempre no seu auge, mas é sempre importante. Está dentro do que queremos. É um líder. É um jogador importante no clube e para nós treinadores também. Estou focado no jogo com o Marselha.”
Um Marselha à imagem do FC Porto?: “O De Zerbi é inspiração para todos, estamos sempre numa aprendizagem. Percebe-se que o FC Porto tem traços do De Zerbi. O Marselha tem muito mais variabilidade, consegue ter mais posse. Percebe-se o porquê de ser uma inspiração para Farioli. Será um jogo totalmente diferente, pelos jogadores. A justiça é relativa. Sem o nosso caminho dentro de casa, aquilo que conversamos. Lido bem com isso, passo imune a isso. Não agradamos toda a gente. A Academia é um espaço muito feliz e agradável. Deixa-me feliz para o caminho, trabalhei muito para conseguir fazer este caminho. Nem sempre vou ser o melhor mas também nunca serei o pior.”
Prolongamento em Paços de Ferreira pode condicionar?: “Espero que não seja. Vai ser algo que vamos perceber ao longo do jogo. Acredito que por ser um jogo diferente que de alguma forma abafe esse possível cansaço. Não vou olhar por aí. Vamos perceber qual será o impacto, esperemos que não seja grande. Estes jogos exigem muito em termos físicos.”