O Sheffield Wednesday, um dos clubes mais antigos e emblemáticos do futebol mundial, vive um dos momentos mais sombrios da sua história. Fundado em 1867 e quatro vezes campeão inglês, o emblema de Hillsborough foi colocado esta sexta-feira sob administração judicial pela autoridade tributária do Reino Unido, devido a graves dificuldades financeiras.
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A situação arrasta-se há meses, mas a intervenção judicial tornou-se inevitável depois de o clube não conseguir cumprir as suas obrigações fiscais. A decisão implica uma dedução imediata de 12 pontos no Championship, agravando ainda mais a crise desportiva: o Sheffield Wednesday, que já era último classificado, passa agora a somar seis pontos negativos, ficando a 15 da primeira equipa fora da zona de descida — precisamente o rival de sempre, Sheffield United.
A administração do clube será agora conduzida por Julian Pitts, Kris Wigfield e Paul Stanley, três gestores nomeados para tentar salvar o histórico emblema. Segundo a BBC, os novos administradores reuniram-se já com o plantel e restante staff, numa tentativa de garantir estabilidade mínima e evitar a perda de mais ativos.
Esta mudança marca também o fim de uma era: o empresário tailandês Dejphon Chansiri, proprietário e presidente desde 2015, foi afastado da direção. O seu mandato ficou marcado por promessas de subida à Premier League que nunca se concretizaram, uma gestão financeira caótica e uma crescente onda de contestação dos adeptos, que chegaram a boicotar jogos e exigir a sua saída.
Com um futuro incerto e dívidas que ameaçam a continuidade do clube, o Sheffield Wednesday enfrenta agora a batalha mais difícil da sua história centenária — não pela glória em campo, mas pela sobrevivência fora dele.























