O Sporting sofreu, mas conseguiu qualificar-se para os quartos de final da Taça de Portugal, após vencer o Santa Clara no prolongamento por 3-2. Nos Açores, os leões tiveram sérias dificuldades para superar os insulares, apesar de se terem colocado em vantagem aos 12 minutos com um tento de João Simões. Apesar do 1-0, o Santa Clara continuou a causar problemas à defesa leonina, que se apresentou a um nível baixo, e chegou ao empate ainda no primeiro tempo.
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Na segunda parte, a história foi parecida com os leões a não conseguirem dominar e a permitir que o Santa Clara se mantivesse na discussão pelo resultado. Foi o que aconteceu aos 86 minutos com um golo de Gabriel Silva num autêntico golpe de teatro. Contudo, o Sporting não quis ficar atrás e também foi a tempo de gelar os Açores com o empate nos instantes finais, na sequência de uma grande penalidade convertida por Suárez. Depois de um toque na cara de Hjulmand, o VAR analisou durante 11 minutos e João Pinheiro apontou para a marca dos onze metros.
Assim sendo, o jogo foi até prolongamento já com o Santa Clara reduzido a dez unidades. No prolongamento, o Sporting só precisou de aproveitar o cansaço insular e chegou ao golo da vitória aos 98 minutos com um tento de Ioannidis.
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Leão surpreendido com intensidade dos insulares
Tal como tem sido hábito, Rui Borges aproveitou a Taça de Portugal para mexer na equipa. Em relação ao último jogo frente ao AVS, o Sporting apresentou sete alterações. Só Gonçalo Inácio, Trincão, Maxi Araújo e Suárez transitaram para o jogo desta quinta-feira.
Vasco Matos também mudou sete jogadores, em que apenas Frederico Venâncio, Sidney Lima, Lucas Soares e Serginho se mantiveram na equipa titular.
Quem começou melhor na partida foi a equipa da casa com duas oportunidades logo no arranque. Depois de um remate de Gabriel Silva, foi a vez de Lucas Soares dar trabalho a João Virgínia aos 4′.
O Santa Clara quis surpreender os leões com uma entrada intensa e com pressão alta, no momento de construção leonino. Contudo, o Sporting soube aguentar e ser paciente, até encontrar espaços para sair em rutura.
Em sentido contrário ao ímpeto do jogo, o Sporting inaugurou o marcador aos 12 minutos. Depois de um lance que começou no lado direito, Fresneda cruzou para o interior da área, onde estava João Simões. O médio recebeu a bola com classe, rodou e rematou forte de primeira para um belo golo.
Na resposta, o Santa Clara quis voltar a colocar a formação leonina desconfortável, mas Eduardo Quaresma impediu um lance perigoso aos 16 minutos. Depois de receber a bola no lado esquerdo, Gabriel Silva preparava-se para encher o pé dentro da área, mas o defesa leonino cortou no momento certo.
O Sporting voltou a tentar alargar a vantagem, mas o Santa Clara não escondeu e continuou a criar dificuldades no segundo terço. Os açorianos tanto tentaram que festejaram aos 28 minutos com um golo de Lucas Soares. O jogador brasileiro protagonizou um belo momento, depois de passar por Matheus Reis e rematar forte para o 1-1.
O equilíbrio manteve-se até ao apito para o intervalo.
Mesmo equilíbrio, mesmas dificuldades
A segunda parte deu continuidade ao futebol praticado nos primeiros 45 minutos. O Sporting teve um lance de perigo logo aos 47 minutos, depois de um cruzamento de Alisson desviado em Venâncio que passou perto da baliza de Neneca. Contudo, o Santa Clara voltou a manter-se na discussão do resultado e podia ter tido uma oportunidade flagrante, na sequência de um erros de Eduardo Quaresma que podia ter deixado João Costa livre para rematar.
Aos 58 minutos, Vasco Matos tirou Sidney Lima e Frederico Venâncio para as entradas de Paulo Victor e Luís Rocha, respetivamente. Nem dez minutos passados e foi a vez de Rui Borges promover a entrada de Fotis Ioannidis para o posto de Alisson Santos. O Santa Clara voltou a mexer com as entradas de Brenner Lucas (Lucas Soares) e Tiago Duarte (João Costa).
O equilíbrio foi sendo uma palavra de ordem ao longo da segunda parte com o Sporting a demostrar as mesmas dificuldades em criar perigo. Os leões tentaram várias possibilidades para desbloquear o jogo, nomeadamente à procura de atrair a pressão do Santa Clara para tentar sair em contra-ataque. No entanto, os insulares foram muito competentes a nível defensivo.
O Sporting precisava de fazer mais alterações e Rui Borges promoveu a entrada de Salvador Blopa para a saída de Matheus Reis, com Maxi Araújo a baixar no terreno para assumir o lado esquerdo na defesa. Também refrescou o meio-campo com a entrada de Kochorashvili para o lugar de João Simões.
Aos 66 minutos, Suárez ganhou a frente no lado esquerdo e rematou, mas diretamente para fora. No lado da equipa da casa, Brenner Lucas trouxe velocidade no lado direito do ataque e protagonizou duas oportunidades que se fizeram tremer a defesa leonina.
Mesmo depois das mudanças na equipa de Alvalade, o Sporting continuou a ficar aquém e começou a ficar impaciente. Quem aproveitou o nervosismo foi o Santa Clara, que chegou ao golo da reviravolta. De fora de área, Gabriel Silva não se intimida com a presença de Gonçalo Inácio e rematou, com desvio em Eduardo Quaresma. A bola atraiçoou João Virgínia e o Santa Clara fez o 2-1 aos 86 minutos.
O Sporting corria atrás do prejuízo e Francisco Trincão respondeu com um remate forte de pé esquerdo para o encaixe de Neneca, aos 87 minutos.
O jogo ganhou outro tom no minuto seguinte quando os jogadores se envolveram num conflito em campo, com Paulo Victor a ver o cartão vermelho e a deixar o Santa Clara reduzido a dez jogadores. No livre batido por Francisco Trincão, o Sporting pediu penálti por mão na cara de Morten Hjulmand. Depois de largos minutos de análise do VAR, já com os seis minutos de compensação esgotados, João Pinheiro foi chamado a ver o lance no ecrã e assinalou grande penalidade a favor do Sporting. Na conversão, Suárez assumiu a marcação, não falhou e restabeleceu a igualdade, levando os leões ao tempo extra.
Aos 98 minutos, um cruzamento de Francisco Trincão no lado direito foi desviado por Hjulmand até chegar à cabeça de Ioannidis. O avançado teve bons reflexos e voltou a colocar o Sporting em vantagem com o 2-3.
Depois do golo, o Sporting só precisou de gerir a vantagem, aproveitando as evidências debilidades físicas em que se encontrava a equipa do Santa Clara. Ainda assim, os insulares chegaram a fazer alguns remates, mas não foram perigosos o suficiente para ameaçar o triunfo leonino. Desta feita, a equipa liderada por Rui Borges segue em direção aos quartos de final da Taça de Portugal.























