À margem da concentração da seleção da Colômbia, Luis Suárez concedeu uma entrevista ao El Espectador onde abriu o livro sobre a sua carreira.
O avançado recordou a depressão que teve que ultrapassar “com a ajuda de psicólogos e pessoas próximas.”
“Passei por uma depressão da qual sai aos poucos, com trabalho, com psicólogos e com as minhas pessoas próximas. Foi a primeira vez que me aconteceu, eu não queria levantar-me da cama. Sem essa lesão, talvez não tivesse tocado tão fundo, porque o dia a dia leva-te. Serviu para redirecionar a minha capacidade mental”, referiu em entrevista ao ‘El Espetador”, recordando a lesão que sofreu a 1 de outubro e 2023 quando fraturou o perónio.
Suárez só voltou a ser chamado à seleção colombiana no passado mês de junho, após três anos de ausência. “Quando chegou a possibilidade de estrear-me na seleção foi algo enorme para mim. Significava estar com os meus ídolos, os que eu vi crescer a apurarem-se para Mundiais. Mas, sendo sincero, não aproveitei essa oportunidade. Não estava preparado mentalmente para assumir a responsabilidade. Tinha vontade, mas não a maturidade. Hoje, sou outro, com a cabeça mais no sítio. Trabalhei e continuo a trabalhar para ter a oportunidade. E o bonito é que está a acontecer comigo.”
O avançado recordou ainda a passagem pouco sucedidoa pelo Marselha. “Não estava preparado psicologicamente para sair da minha zona de conforto. Paguei a fatura disso e voltei. Hoje, vejo esse passo como algo positivo: se não tivesse vivido esses momentos difíceis, não seria o jogador que sou hoje”, disse.