O Lyon, despromovido administrativamente à segunda divisão francesa por elevadas dívidas, revelou hoje ter validado o seu procedimento de viabilidade financeira com a UEFA, o que lhe permite disputar a Liga Europa de futebol 2025/26, caso assegure a manutenção.
“[Assinámos] um acordo com o organismo de controlo financeiro de clubes da UEFA (…) sujeito a um desfecho favorável no recurso à decisão” da entidade reguladora financeira do futebol francês, explica o emblema treinado pelo português Paulo Fonseca.
O emblema gaulês, sexto classificado no último campeonato, foi relegado para a segunda divisão francesa pela Direção Nacional de Controlo e Gestão (DNCG), uma comissão independente da Liga, responsável por controlar as contas dos clubes de futebol.
O presidente do Lyon, o norte-americano John Textor, que tentou investir no Benfica, e o diretor para o futebol, Mickael Gerlinger, foram ouvidos pelo organismo, que optou pela pena mais pesada, após reiterados avisos.
Quanto à relação com a UEFA, em novembro, o Painel de Controlo Financeiro de Clubes iniciou um processo de vigilância, após a DNCG ter emitido uma medida de despromoção administrativa cautelar, que incluiu a impossibilidade de contratação de futebolistas na janela de inverno.
De igual modo, em 05 de maio, a UEFA multou o Lyon em 200 mil euros por incumprimentos financeiros com outros clubes, funcionários e entidades fiscais.
O Lyon já anunciou ir recorrer da descida administrativa, no entanto, aguarda ainda a notificação oficial da decisão da DNCG, condição necessária para interpor recurso, dispondo a partir daí sete dias úteis para o fazer.
Caso não consiga reverter a despromoção, a vaga do Lyon será ocupada pelo Reims, que foi derrotado pelo Metz no play-off de acesso à Ligue 1: o Estrasburgo, sétimo, é promovido à Liga Europa, enquanto o Lens, oitavo, é bafejado com a ida à Liga Conferência.
No principal escalão do futebol francês desde 1989, o Lyon esteve entre os ‘grandes’ durante 36 épocas, destacando-se o seu desempenho no início do milénio, com o recorde de sete títulos consecutivos de campeão, entre 2001 e 2008.
A derradeira vez que celebrou um troféu foi em 2012, ao erguer a sua oitava Supertaça, depois de conquistar a quinta Taça de França, num historial que conta ainda com a vitória na Taça da Liga francesa, em 2001.