As fases de qualificação para o Campeonato da Europa e para o Campeonato do Mundo vão sofrer alterações profundas nos próximos meses. A garantia foi dada esta quinta-feira pelo presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, durante o Fórum de Negócios de Futebol, em Milão, onde revelou que o organismo europeu está a estudar dois possíveis modelos e pretende definir o formato final dentro de seis meses.
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“É muito cedo para dizer algo concreto, porque ainda não decidimos o que fazer. Mas, por um lado, faz sentido ter um resultado de 10-0? Por outro, faz sentido que as seleções pequenas e médias nunca consigam qualificar-se porque têm de enfrentar as grandes?”, questionou Ceferin.
O líder da UEFA explicou que o objetivo é encontrar um equilíbrio competitivo entre o espetáculo e a inclusão, evitando tanto os resultados desnivelados como a exclusão quase automática das seleções de menor dimensão.
Há cerca de um mês, durante o Football Summit 2025, em Lisboa, Ceferin já havia admitido a possibilidade de reformular as eliminatórias europeias, embora tenha afastado a hipótese de um modelo semelhante ao da nova Liga dos Campeões, que desde 2024/25 passou a ter uma fase de liga única com 36 clubes.
“Se perguntássemos a uma seleção pequena se preferia jogar contra Itália, França, Inglaterra e Alemanha nas eliminatórias, ou se preferia ter hipóteses de enfrentá-las no Europeu, a resposta seria a segunda. Ainda estamos a discutir isso”, explicou.
O sistema atual, em vigor nas eliminatórias do Mundial2026, divide as seleções em grupos de quatro ou cinco equipas, que se defrontam em jogos a duas mãos. No entanto, o formato tem gerado críticas devido à falta de jogos de grande impacto e aos resultados desequilibrados, como a goleada de 10-0 da Áustria a San Marino, em outubro, ou os 14-0 da França a Gibraltar, em 2023, na qualificação para o Euro2024.
Uma das soluções que a UEFA tem explorado é reforçar o papel da Liga das Nações, que já serviu para permitir o apuramento de seleções de ranking inferior, como a Macedónia do Norte (Euro2020) e a Geórgia (Euro2024).
Ceferin reiterou que a prioridade passa por modernizar as qualificações sem perder o espírito competitivo, prometendo novidades “até meados de 2026”.























