O Valencia Basket anunciou esta terça-feira que o jogo frente ao Hapoel Tel Aviv, da Euroliga, será disputado à porta fechada, no Roig Arena, em Valência. A decisão, tomada depois de vários dias de reuniões internas, tem por base motivos de segurança e segue as recomendações das forças de segurança e da Delegação do Governo, devido a uma concentração convocada para as imediações do pavilhão.
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A partida, referente à quarta jornada da fase regular da Euroliga, está marcada para quarta-feira, 15 de outubro, às 20h30, na capital da Comunidade Valenciana. Embora o clube tivesse inicialmente decidido não vender bilhetes ao público, os cerca de 11 mil sócios ainda poderiam assistir ao jogo. No entanto, o Valencia Basket optou por fechar totalmente o acesso, garantindo assim que o encontro decorra sem adeptos nas bancadas.
Esta medida surge dois dias depois de o Lenovo Tenerife e o BAXI Manresa terem anunciado que também jogariam à porta fechada os respetivos encontros europeus frente ao Bnei Herzliya (Liga dos Campeões) e ao Hapoel Jerusalem (Eurocup).
A decisão foi elogiada pela delegada do Governo em Valência, Pilar Bernabé, que já tinha recomendado que o clube seguisse o mesmo exemplo, sublinhando que “a segurança deve estar acima de tudo”.
Recorde-se que, para a mesma hora do jogo, diversas organizações convocaram um protesto junto ao Roig Arena, pelas 18h00, em solidariedade com a Palestina e para exigir a exclusão das equipas israelitas das competições europeias.
Ainda que algumas destas plataformas tenham pedido a suspensão da partida, as regras da Euroliga estipulam que apenas o diretor executivo da competição pode tomar uma decisão desse tipo.
Em comunicado oficial, o Valencia Basket lamentou a situação, mas defendeu que a prioridade deve ser a proteção de todos: “O clube esgotou todas as opções possíveis para que os adeptos não perdessem o jogo, mas, face ao risco existente e às recomendações das autoridades, é necessário colocar a segurança de adeptos e trabalhadores em primeiro lugar.”
A direção reconhece que “nenhuma decisão agrada a todos”, mas considera que esta é “a menos má”, num contexto em que o bem-estar da “Família Taronja” prevalece sobre qualquer outro fator.