Frederico Varandas falou à imprensa esta sexta-feira, à margem da 43.ª edição da gala Rugidos de Leão. O presidente do Sporting comentou a atualidade futebolística nacional, com foco nas arbitragens, que têm servido de arma de arremesso entre os candidatos aos títulos em Portugal.
Saber perder: “Gosto de perder? Não, odeio, como tantas outras coisas. Mas faz parte. Todos nós vamos perder. O que controlamos é como reagimos à derrota. Eu prefiro sempre reagir com dignidade. O Sporting reage à derrota com dignidade. Não vamos pela forma mais fácil, mais cómoda, mas sim pela mais digna. É o primeiro passo para voltar a ganhar, é perder com dignidade e saber porque é que perdemos. E aqui começa a grande diferença para os nossos rivais. Fomos o clube que mais venceu em Portugal num passado recente, nas modalidades e no futebol. Três campeonatos, somos campeões e conquistámos a dobradinha.”
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Alegado Manto verde: “Há uma narrativa que os nossos rivais usam e abusam para criar a perceção de que o Sporting domina tudo. Dominamos tudo. Fala-se do manto verde. Mas eu como homem de ciências, prefiro a realidade à perceção. Dos três primeiros campeonatos conquistados, foram conquistados com os órgãos sociais que estavam há quinze anos, quando os rivais ganhavam muito. Controlávamos esses órgãos sociais? Vamos à conquista do terceiro título: a meio do ano ganhou Pedro Proença, mas esta candidatura teve a particularidade de ter quase unanimidade de todos os clubes da Liga. Reunimos com ele e quisemos ouvir o projeto, a equipa e o que queria fazer do futebol português. Sporting, Benfica, FC Porto e Braga, ouvimos todos. Passado um ano dizem que era tudo verde. Os presidentes de Benfica e FC Porto são patetas? Acho que não. O Sporting não indicou um nome para qualquer lista de órgãos sociais da FPF.”
Domínio leonino: “Em 2023/24, o Sporting teve mais pontos, mais vitórias, melhor ataque, o melhor jogador. Em 2024/25, melhor ataque, mais pontos, melhor defesa, melhor jogador. Houve dúvidas? Foi o segundo seguido, então insistem com a retórica do manto verde. Mas mesmo com isso, não é que a comunicação social disse que o Sporting foi o mais prejudicado dos três grandes durante a época? E mesmo assim ganhámos… mas manto verde!”
Ainda a Taça de Portugal ganha ao Benfica: “Qual foi o problema disto tudo? A final da Taça de Portugal, que ainda em campanha eleitoral dizem que foi retirada ao Benfica. ‘Não há direito. Tirou-se a taça’. Vamos falar de forma factual sobre esse jogo. O Sporting teve mais remates, mais posse de bola, mas ocasiões flagrantes, mais cantos, mais passes. Não ficou 1-0 ou 2-1, ficou 3-1. A culpa foi do Matheus Reis que devia ter ido para a rua. A culpa do Renato Sanches ter cometido um penálti infantil foi do Matheus. A culpa do Matheus ter marcado o golo foi do Matheus. A culpa do Harder ter feito o segundo golo, foi do Matheus. A culpa do Trincão ter feito o que fez no terceiro golo, foi do Matheus. Aposto que com mais uns minutos, o Matheus seria culpado de mais alguns golos. Por amor de Deus, surpreende-me muito a total falta de autorreflexão.”
Críticas à imprensa: “Meus caros, das coisas que mais me irrita, parte da comunicação social tem culpa. Não toda, mas parte. Comentadores, jornalistas, cartilheiros…. Dizem que quando os grandes perdem, somos todos iguais. Porque não há coragem para criticar os presidentes dos grandes. Fazem todos o mesmo na derrota, todos se desculpam… Não meus caros. Não fazemos todos o mesmo.”
A final da Taça de Portugal de 2024/25 foi ganha pelo Sporting diante do Benfica por 3-1, com o golo do empate a chegar nos descontos, de grande penalidade. Os Leões marcariam mais dois, no prolongamento. O jogo ficou marcado por um pisão de Matheus Reis em Belotti perto do final, com o jogo ainda 1-0 para o Benfica, e que a arbitragem da FFP entendeu ter sido mal julgado que já que o lateral esquerdo do Sporting devia ter sido expulso.























