As eleições para a presidência do Benfica decorrem este sábado, 25 de outubro, e a Sportinforma colocou as mesmas seis perguntas sobre as respetivas candidaturas e as suas ideias para o futuro do clube a cada um dos seis candidatos*.
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Eis as respostas de Luís Filipe Vieira (Lista E, ‘Voltar a ganhar’)
1. O que o levou a candidatar-se?
Senti que o Benfica está a caminhar para um ponto muito perigoso. O clube perdeu visão, estratégia e capacidade de execução. O que me trouxe de volta foi o sentido de responsabilidade, não por nostalgia do passado, mas pela urgência de garantir o futuro. O Benfica precisa novamente de liderança, de rigor e de alguém que saiba o que é reconstruir um clube em tempos difíceis. Volto porque acredito que o Benfica está a tempo de se reencontrar consigo próprio e quero ser parte dessa recuperação.
2. Qual considera ser o principal desafio do Benfica atualmente?
O grande desafio é voltar a ganhar. Com Rui Costa o Benfica não ganha. É preciso recuperar a estabilidade desportiva, financeira e institucional. Hoje, o Benfica vive sem rumo, com um passivo recorde e uma estrutura desgastada. Precisamos de devolver ao clube a credibilidade e o equilíbrio, voltando a colocar o futebol e a formação no centro da estratégia. O desafio é enorme: voltar a ter um Benfica sustentável, unido e competitivo ao mais alto nível.
3. Que via seguirá para equilibrar as contas do clube e reduzir o passivo
financeiro?
O primeiro passo é restaurar a disciplina financeira. Vamos rever contratos, racionalizar custos e definir um plano de médio prazo que assegure equilíbrio sem abdicar da ambição desportiva.
“O clube tem de voltar a ser gerido como uma organização moderna e transparente”
Quero um Benfica que viva dentro das suas possibilidades, mas que invista com inteligência, potenciando a formação, valorizando ativos e profissionalizando a gestão. O clube tem de voltar a ser gerido como uma organização moderna e transparente, com auditorias regulares e uma cultura de responsabilidade em cada decisão.
4. Qual a sua visão a nível de infraestruturas?
O Benfica tem de continuar a crescer também fora das quatro linhas. O Estádio da Luz precisa de ser modernizado e ampliado, para dar resposta à enorme procura e melhorar as condições de conforto dos adeptos. Assim, objetivo é chegar aos 90 mil lugares.
O Seixal, por sua vez, voltará a ser um centro de excelência mundial, com expansão das instalações e ligação direta à equipa principal. Além disso, quero reforçar a componente internacional da formação, criando academias satélite que projetem o nome do Benfica no mundo.
5. Qual a primeira medida que tomará após a eleição? Qual será a prioridade
depois das eleições?
A primeira medida será reunir a equipa de futebol, e apresentar as nossas ideias para o Benfica voltar a ganhar. Ao mesmo tempo, analisar detalhadamente as contas e implementar um plano financeiro que assegure a sustentabilidade do clube. Logo a seguir, o foco será o Seixal: recuperar recursos humanos, apostar em talento e reconectar a formação à equipa principal.
O Benfica precisa de voltar a ter um projeto desportivo integrado em que a gestão, a academia e o futebol profissional caminhem juntos com o mesmo objetivo, o de ganhar e crescer com
solidez.
6. Como vê o Benfica daqui a 4 anos, sob a sua liderança?
Vejo um Benfica a caminho do tetracampeonato, mais forte, moderno e respeitado em toda a Europa. Um clube financeiramente estável, com uma estrutura profissionalizada, uma academia de topo e uma equipa principal capaz de competir entre os melhores.
Um Benfica unido e com ambição renovada. Em quatro anos quero que os Sócios sintam que o clube voltou a ser um motivo de orgulho, dentro e fora de campo, um Benfica à altura da sua história e dos seus adeptos.
*A Sportinforma não recebeu ainda as respostas da candidatura da Lista C, ‘Benfica Vencerá’, encabeçada por João Diogo Manteigas.























